Recusado pela família de Ana Amélia, por quem se apaixonara no Maranhão, Gonçalves Dias sofreria dessa recusa até morrer. De volta ao Rio de Janeiro, casa-se com Olímpia Coriolano da Costa, em setembro de 1852. Infeliz com o casamento e sempre doente, apreendendo a morte, faz este desabafo ao seu amigo mais próximo, Teófilo. Gonçalves Dias viveria ainda onze anos depois que escreveu esta carta.

Rio [de Janeiro], 10 de julho de 1853

Mano e amigo do coração,

Há muito tempo que não tenho recebido cartas tuas, sei por que desgostos tens passado e te desculpo, no entanto torna-se menor a dor que se comunica, e, ao menos de mim o digo que nas minhas horas de tristeza e de pesar, que as tenho e muitas, sinto de […]