A graça do dizer
Nesta carta a Joaquim Nabuco, o autor de Dom Casmurro comenta o livro do amigo, Pensées détachées et souvenirs (1906), que, escrito em francês, acabara de ser publicado em Paris. Seria publicado no Brasil com o titulo Pensamentos soltos: Camões e assuntos americanos em 1937.
[Rio de Janeiro], 19 de agosto de 1906
Meu querido Nabuco,[1]
Quero agradecer-lhe a impressão que me deixaram estas suas páginas de pensamentos e recordações. Vão aparecer justamente quando você cuida de tarefas práticas de ordem política. Um professor de Douai, referindo-se à influência relativa do pensador e do homem público, perguntava uma vez (assim o conta Dietrich) se haveria grande […]