Não é numerosa a correspondência entre Monteiro Lobato e Artur Coelho, que foi tradutor da Paramount. No entanto, as oito cartas que cobrem os anos de 1936 a 1948 fazem revelações como esta, em que o escritor e editor avalia os efeitos da perda de liberdade durante o Estado Novo, comandado por Getúlio Vargas.

S.l., [1938]

Coelho,

Desconfio que não te chegou uma minha, pois que na de 15 de junho hoje recebida fazes perguntas já respondidas. Nela eu te dizia que foste com muita sede ao pote; que a linha da UJB[1] não comporta senão águas paradas e em dosezinhas breves; são jornalecos avaros de espaço. Nem comporta […]