Anos após a perda do irmão, Paschoal Carlos Magno escreveu esta carta ao sobrinho, Armando, que criara como filho. A retrospectiva revela a ternura e o empenho com que o tio cuidou da formação de Armando na atual Casa Paschoal Carlos Magno, que abriga o Teatro Duse, em Santa Teresa.
S.l., 1º de janeiro de 1953
Tinhas meio palmo de altura quando ficaste órfão.
Teu pai era um dos homens mais feios do mundo; mas inteligente e culto, com uma conversa fascinante. E viajadíssimo.
Daí em diante tomei a tarefa de olhar por ti como se fosses meu filho.
E cresceste na nossa casa tão cheia de livros de teatro, de […]