A viagem que Lucio Costa fez à Europa em 1926 era, segundo ele próprio, menos para estudo do que “por motivos sentimentais insolúveis”. Sua descrição da ilha do Maio, nesta carta, impressiona pelos detalhes de beleza geográfica e pela prosa atraente.
Bordo do Bagé, 6 de outubro de 1926
Querida mãe,
Quando embarquei no Bagé corri ao comissário a ver se havia alguma carta para mim. Entretanto de casa nada encontrei, nada recebi; fiquei desapontado. Naturalmente não lhes passou pela mente aproveitar esse meio de dar-me notícias – suas, mamãe, de tudo e de todos. Agora só em Paris. Já […]