Em 11 de novembro de 1868, a espingarda que Castro Alves usava durante uma caçada nos campos do bairro do Brás, em São Paulo, disparou, atingindo-lhe o calcanhar direito. O poeta viajaria ao Rio de Janeiro para se tratar, acolhido pelo amigo Luiz Cornélio dos Santos, a quem pede socorro nesta carta.
[São Paulo, 1º de dezembro de 1868]
Meu caro Luiz,[1]
Estou, há vinte dias, de cama, de um tiro que dei em mim, por acaso. Este desastre caiu-me na pior ocasião. Bem vês que eu não podia escrever, e nem mandar por outro escrever para minha família isto, e só alguns dias depois é que tive portador seguro que foi […]