Em 1868, Machado casou com a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, irmã de seu amigo e poeta Faustino Xavier de Novais. A morte da mulher, em 20 de outubro de 1904, depois de 35 anos de convivência, lhe inspirou o antológico soneto “A Carolina”. Machado ainda exprimiu a dor da perda nesta carta a Nabuco.

Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1904

Meu caro Nabuco,

Tão longe, em outro meio, chegou-lhe a notícia da minha grande desgraça, e você expressou logo a sua simpatia por um telegrama. A única palavra com que lhe agradeci[1] é a mesma que ora lhe mando, não sabendo outra que possa dizer tudo o que sinto e me acabrunha. Foi-se […]

Nesta carta a Joaquim Nabuco, o autor de Dom Casmurro comenta o livro do amigo, Pensées détachées et souvenirs (1906), que, escrito em francês, acabara de ser publicado em Paris. Seria publicado no Brasil com o titulo Pensamentos soltos: Camões e assuntos americanos em 1937

[Rio de Janeiro], 19 de agosto de 1906

Meu querido Nabuco,[1]

Quero agradecer-lhe a impressão que me deixaram estas suas páginas de pensamentos e recordações. Vão aparecer jus­tamente quando você cuida de tarefas práticas de ordem política. Um professor de Douai, referindo-se à influência relativa do pen­sador e do homem público, perguntava uma vez (assim o conta Dietrich) se haveria grande […]

Esta carta, escrita por Machado de Assis uma semana depois da morte de Eça de Queiroz, em 16 de agosto de 1900, não deixa dúvida quanto  à admiração que o romancista brasileiro nutria por um de seus pares mais próximos.

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1900

Meu caro Henrique Chaves,

Que hei de eu dizer que valha esta ca­lamidade? Para os romancistas é como se perdêssemos o melhor da família, o mais esbelto e o mais válido. E tal família não se compõe só dos que entraram com ele na vida do espírito, mas também das relíquias da outra geração e, […]

Em 22 de fevereiro de 1868, o Correio Mercantil publicara uma carta de José Alencar a Machado de Assis, escrita no dia 18 do mesmo mês, apresentando-lhe Castro Alves, que, então com 21 anos de idade, visitava o Rio de Janeiro. Esta carta que se reproduz aqui e que seria publicada no Correio Mercantil em 1º de março do mesmo ano contém a consagradora resposta do romancista de Dom Casmurro.

Rio de Janeiro, 29 de fevereiro de 1868

Excelentíssimo senhor,

É boa e grande fortuna conhecer um poeta; melhor e maior fortuna é recebê-lo das mãos de vossa excelência, com uma carta que vale um diploma, com uma recomendação que é uma sagra­ção. A musa do senhor Castro Alves não podia ter mais feliz introito na vida literária. Abre os olhos em pleno […]