Cruz e Sousa fixou-se no Rio de Janeiro, onde as privações financeiras, as perdas familiares e as frustrações no meio editorial o enfraqueceram e o levaram à tuberculose e, anos depois, à morte. Sobre todas essas dificuldades ele escreve ao amigo Virgílio Várzea, com quem publicou, em parceria, seu livro de estreia, Tropos e fantasias, de 1885.
Corte [Rio de Janeiro], 8 de janeiro de 1889
Adorado Virgílio,
Estou em maré de enjoo físico e mentalmente fatigado. Fatigado de tudo: de ver e ouvir tanto burro, de escutar tanta sandice e bestialidade e de esperar sem fim por acessos na vida, que nunca chegam. Estou fatalmente condenado à vida de miséria e sordidez, passando-a numa indolência persa, bastante prejudicial à atividade […]