Após o assassinato brutal de George Floyd, no dia 25 de maio, em Minneapolis, nos Estados Unidos, protestos ao redor do mundo estabeleceram um ponto de inflexão nas lutas antirracistas. No Brasil, a tragédia de Floyd materializa-se em um sistema perverso: um pêndulo entre o racismo estrutural e o genocídio. Em carta simbólica a Carolina Maria de Jesus, cujo acervo está sob a guarda do Instituto Moreira Salles, a escritora Cidinha da Silva reflete sobre o cotidiano da mulher negra e comenta os recentes casos de racismo que ocorreram no país.
São Paulo, 8 de julho de 2020.
Carolina, bom dia! Dia de sol nesse inverno de pandemia em São Paulo. Como você está? Espero que esteja em paz. Do lado de cá, temos feito a travessia no…