Na edição brasileira da correspondência amorosa de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz, publicada integralmente em 2013, o crítico português Eduardo Lourenço inicia o prefácio da seguinte maneira: “Para os admiradores incondicionais de Pessoa, a leitura da sua correspondência com a predestinada jovem com o nome fatídico de Ofélia não é um texto como qualquer outro de Pessoa”. E há muitas razões que justificam a afirmação do crítico. A biografia, a intimidade e a obra do autor, cujos 80 anos de morte completam-se neste 30 de novembro, ganharam novos contornos, analisados à luz desta correspondência pela professora Gilda Santos no curso Remetente/Destinatário, organizado pelo Instituto Moreira Salles em homenagem à escrita epistolar, em 2015.

Gilda ministrou a palestra “As cartas de amor – ridículas? – de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz”, título que faz referência aos famosos versos “Todas as cartas de amor são/ ridículas/ Não seriam cartas de amor se não fossem/ ridículas”, assinados por Álvaro de Campos, um dos heterônimos do poeta português.

A palestra pode ser ouvida neste link.